terça-feira, 18 de março de 2014

FARDO FATO PELA METADE

No piano o silêncio
Silencio que gritava rasgado
Que invadia com seu som agudo
Meu mais profundo calar
Eu que observava sua boca
Mexendo devagar
Desviava-me do seu cheiro
E Do mesmo piano
Saia uma música livre
Liberta de todo o clamar
Era uma noite fria
E dois corpos derretendo
Cada um no seu canto e tanto
Cada um no seu manto
Eu me negligenciando
Sorrindo para calar
Em cada mesas
Surgia um barulho imenso
Atrapalhando minha melodia
Que escorria no meu olhar fixo
Que mapeava seu corpo
Era só uma foto pela metade
É só um fato pela metade

É só um fardo de meado

Nenhum comentário:

Postar um comentário