quinta-feira, 6 de março de 2014

PRESO

Peço em forma de abrigo
Com um sorriso de canto
Um abraço leve e um elo forte
Peço em forma de fico
Um prova da minha ilusão
Uma posta de atenção
Pedindo
Mendigando
Uma aventura incógnita
O esboço do meu desenho que tão seu
Fica pelos cantos da minha casa desarrumada
Bagunçada pelo seu descaso
E no café sinto sua frieza
Seu deletério macio
Como se nesse livro eu recontasse nossas história
História só minha
Sozinha
Que criei aqui no sofá
Olhando sua boca
Sentindo seu cheiro de vinho barato
Suas botas passando em minhas pernas
Era só sensação
Eu ficando sem força
E o peso consumindo
E canto ecoando
E o caderno enchendo de frases soltas e presas num passado
Um passado
Um pesadelo

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